domingo, 16 de outubro de 2011


SALVE O AMOR

Com apenas nove anos de idade, minha filhotinha já recebe cartinhas de amor, o pretendente  estuda na mesma escola e a convidou para seu aniversário ela e toda galera da classe cujo traje obrigatório seria comparecer com a camisa do time de futebol favorito.
Ai começaram os problemas, eu sou torcedor do Corinthians, muito embora não vá a estádios, pois a ultima vez que meu pai nos levou, a nossa própria torcida atirava urina alegremente nos presentes, achei que os porcos fossemos nós não fui mais, também não torço para cartolagem, roubalheira, trambiques e maus exemplos, então não me ligo. Com que camisa minha filha teria que comparecer a festa, o mais justo fosse que ela escolhesse seu próprio time, mas escolher com que critérios pela autoridade de pai pra filho, pelo time da modinha, fui até a lojinha mais próxima, minha filha estava decidida a comprar outra que não fosse a do Corinthians porem, fui salvo pela falta de recursos a camiseta custava cento e trinta reais levei um susto, pois custaria mais  a roupa da festa que o presente do garoto, disse a ela que fosse sem camiseta, sem camiseta eu não vou papai, papai não pode comprar isso é um absurdo, ela disse que as outras meninas iriam de camiseta, eu disse que não acreditava que houvesse tantos pais dispostos a gastar em uma camiseta de time para usar uma única vez, já que isso era coisa de menino ou quem sabe de meninas maiores, além de ela não saber nem para quem torce, gerou um constrangimento,  seleção de convidadados  através da indumentária, falei para ela ligar para as amiguinhas e várias não iriam comparecer cada uma com uma desculpa, ficou claro que outros pais não queriam fazer papel de palhaços assim como eu.
Expliquei para minha filha que festa é para encontrarmos as pessoas que amamos que temos afinidades, que compartilhamos valores e não devemos discriminar ou constranger as pessoas pela condição sócio econômica, e sim para compartilhar, confraternizar, amar e torcermos juntos pelo comum a todos e não ao particular, as diferenças e mesquinharias.
De qualquer forma minha filha sugeriu irmos até a rua vinte e cinco de março procurar uma camiseta no chingling, como era feriado e não havia trânsito topei, de fato, encontramos os últimos modelos de camisetas nacionais e internacionais ao custo de trinta reais, pedi que ela escolhesse a mais bonita ela escolheu uma rubro negra malhada, com o distintivo do Corinthians de fato era uma das mais bonitas, último modelo, depois de tanto sacrifício ela levantou a bola do pai, achei que para uma única festa estava de bom tamanho, mas não o exemplo, comprar produto chinês pirata, por outro lado não dar dinheiro pra cartolagem malfeitora, empatou 1 a 1 mas, ainda sai no lucro.
Lá pelas 22h fui busca-la ela comentou: papai minhas melhores amigas não vieram e duas vieram sem as camisetas; salve o Corinthians, o Ministro, a CBF, e também o amor a fraternidade a amizade, a justiça aqui é um bando de loco que ainda não rasga nota de cem.


Fabio Tâxi Corporation

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

DEIXE A FAROFA EM CASA, TRAGA O ESPAGUETE PARA PRAIA

Neste verão pude usufruir novamente da praia que freqüento ha muitos anos, na companhia da minha amada filha, no passado pratiquei surf e outras aventuras no mar, digo que no mar ninguém sabe nadar que devemos respeitá-lo, pois a natureza é sabia e superiora aos pequenos terráqueos de egos inflados.
Sempre falo para minha pequena dos perigos da praia sempre que chegamos digo: água nó pé perigo não é, água no umbigo sinal de perigo, água no pescoço sinal de sufoco, pois ao longo desta jornada pude ajudar salvar várias vítimas de afogamento e presenciar vários óbitos também as histórias se repetem: ingere-se muito álcool, alimenta-se mal, cérebro desidratado, cai no buraco se apavora, mínguem percebe dois três minutos temos uma vítima, é tudo muito rápido, muitas vezes uma pessoa sem conhecimento tenta ajudar a vítima se agarra e tchau, é muito triste assistir a família veleando seus pares em dia de festa do sol e mar, só dá vontade de ir embora pra casa chorar.
Durante oito anos fui pensando como poderia passar esse conhecimento para minha filha sem que ela tivesse que passar por um grande susto e sem que um grande susto tornasse nossa vida uma tragédia, pois para mim o aprendizado ocorreu por meio de muito susto e não creio que essa seja a única maneira de ensinar alguém a sair de um buraco na vida.
A primeira lição que me ocorreu passar foi básica, apreendida com os pescadores, identificar o “peral” é como eles chamam esses movimentos de água que forman os buracos, geralmente nesta parte as ondas não quebram e esse redemoinho é que dificulta nossa saída, falta o pé, ficamos apavorados, nos esquecemos de boiar ou nadar, ficamos com medo que o mar vai nos levar embora e morremos de medo, o segundo passo seria dominar o medo.
Comprei dois espaguetes coloridos no supermercado desses que se utilizam nas escolas de natação para ensinar as crianças a nadarem, durante os primeiros dias fui entrando na água em dia de mar calmo até ela ir ganhando confiança no outro fim de semana o mar estava agitado, um dia lindo de sol, praia cheia, nenhum guarda vida no pedaço, combinei com dois amigos um surfista e outro que estava em terra disse a eles que iria entrar na água com minha filha bem no meio do buraco, perguntei para minha filha onde ela enxergava um buraco ela apontou com o dedinho é ali papai, isso mesmo filha é ali que vamos entrar expliquei a ela que jamais repetisse essa ação sem um equipamento de segurança, pegamos nossos espaguetes e entramos, bastaram poucos segundos para entrarmos no buraco, a correnteza estava puxando para o fundo, disse a ela que estávamos no meio do buraco que não dava pé e que eu não estava conseguindo nadar para frente, pedi a ela que segurasse bem firme seu espaguete, com uma de minhas mãos segurei forte em seu braço e perguntei: filha como vamos sair daqui? Ela olhou com toda tranquilidade para mim e disse vamos bater os pés devagar até vir uma onda que nos empurre um pouco mais para frente, não foi fácil ela não se deu muito conta do perigo meu amigo surfista acenou se deveria se aproximar fiz sinal que não.
Na areia ninguém se deu conta que estávamos com dificuldade de sair do mar, quando chegamos a terra minha filha disse: papai eu nunca mais vou passar do umbigo porque eu não quero que o mar me sufoque na semana anterior neste mesmo buraco dois jovens
Universitários não tiveram a mesma sorte, foram sufocados pela inexperiência, quando o helicóptero da polícia pousou já era tarde.
Aproveito aqui para lançar a campanha: “Deixe a farofa em casa e traga o espaguete para praia, pois para a natureza não se traz e não se leva nada, a não ser: paz, boas imagens e boas lembranças, assim teremos uma praia mais limpa, segura e feliz.


Bj do táxi

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

PARACHOQUE DO TÂXI

No renascimento, para fazer um burro se matar de trabalhar eles amarravam uma espiga e milho na ponta de uma vara de bambu e colocavam na frente do burro.......não parava mais,
Já no mundo contemporâneo eles colocaram um note em cada baia.