quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

2011 O ANO QUE FAREMOS A DIFERENÇA

NÃO CREIO EM BICHO QUE NÃO CRÊ EM SÍ,
NÃO CRÊ NO OUTRO, NA CRENÇA, NA ESPERANÇA
NA MUDANÇA, NA HERANÇA, NA PSCANÁLISE, NO AMOR
NO HUMANISMO, NA LIBERDADE, NA PAZ, NAS CRIANÇAS,
NA FÉ, NA FILOSOFIA, NO PERFUME DAS FLORES,
NO CHEIRO DOS LIVROS, NO ODOR DO HORROR,
NOS DIFERENTES, NOS VERBOS, NOS BONS EXEMPLOS,
NOS BICHOS, NA NATUREZA, SÓ CREIO NA NATUREZA HUMANA,
NOS BONS HOMENS, NÃO CREIO QUE EXISTAM, MAS QUE EXISTEM, EXISTEM.




284, O TAXIREPORTER

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

DR.FOIDI NO RIO

O Rio de janeiro sofreu sua maior baixa com a invasão dos morros cariocas, o Rio deverá sofrer a pior abstinência aloprativa de sua história, isso porque até agora foram apreendidas mais de quarenta toneladas de drogas de suas comunidades, com o fim das vendas ficarão desempregadas cerca de cinqüenta mil pessoas, se a bolsa pó já era minguada vai piorar. Isso do ponto de vista econômico, do ponto de vista social essas pessoas desocupadas de hábitos noturnos passarão ao conluio com o diabo e sabe-se lá o que pode se passar por cabecinhas desocupadas, alguns dizem que com o arrefecimento temporário do tráfico os índices de criminalidade baixarão, não creio, pois toda força de ação recebe uma força proporcionalmente contrária independentemente da violência, como o estado não ocupa e supre a demanda não desabrocha coisa boa.
Já do ponto de vista da saúde quarenta toneladas de drogas devem gerar quarenta milhões de trouxinhas de erva ou pó, suficiente para abastecer a população carioca durante um mês, não sei mesurar a não ser que a turma do Rio esteja mandando bem de mais, fora o que não aparece nas estatísticas e o que não foi apreendido, quero dizer: se não há droga vem a fissura e ai se segura malandro pra fazer a cabeça tem hora, vão ter que esperar os homes saírem do morro ou importar de São Paulo com ágio gerando inflação, e pagar pra nunca mais saber quem somos e continuar vivendo numa terra de faz de conta esperando pagai Noel na janela do quintal pra suar a camisa e chorar de dor, pois o crescimento requer dor e muita lágrima, não há crescimento sem sacrifício apenas vôo de galinha e muito torpor, é muita fumaça pra pouco resultado vamos chamar Dr.Foidi, joga pedra no Foidi, joga bosta no Foidi ele pode nos salvar ele vai nos redimir maldito Foidi.
“Meus heróis morreram de over dose...eh,eh e meus inimigos estão no poder” talvez seja o caso de chamar o Dr. Foidi que o diga os esquerdalôides, a juventude transgressora os nôias da madrugada todos que apostam suas fichas no carbono, não como diversão, mas convulsão social que todos nós pagaremos a conta, colhemos o que plantamos somos isso uma sociedade doente, que precisa de remedinhos, desculpas e amuletos para prosseguir cantando e fazer de conta que somos felizes, vivemos uma crise de identidade de valores invertidos, torcemos para o inimigo mas queremos viver em paz, talvez isso justifique emprestarmos dinheiro para vizinhos plantarem folha de coca e importarmos cocaína, talvez tudo isso não passe de uma grande nôia que quando acordarmos estaremos nos divertindo no inferno cercado de miseráveis de chinela havaianas com fuzis apontados para nossas cabeças, jogos de cena de um povo entorpecido por falta de educação e de cuca “legal”, enquanto eles se lambuzam no poder. Outros irão dizer isso tudo é coisa do loobi do álcool...... querem perseguir a esquadrilha da fumaça para vender mais caninha, vamos liberar toneladas e toneladas de bagulho pra ficar legal, somos um povo flex, aceitamos tudo que nos enfiam goela, nariz e pulmão a baixo, vocês querem bacalhau????


Taxi 284 ou Foidi ou desce.

SALVE O BRASIL, "O FILME"

quarta-feira, 28 de julho de 2010

NO TEMPO EM QUE SOSSEGA LEÃO ERA APENAS UMA HAVAIANAS NA BUNDA


 Como é bom poder apreender enxergar o mundo por ângulos obtusos, durante quatro anos passei atendendo passageiros de hotéis e empresas, passageiros que passaram com suas angustias, suas ulceras, seus medos e pânicos, se foram preocupados com a falta de tempo, com a falta da família, dos amigos, com falta de si.

Mulheres executivas aflitas delegam a educação de seus pinpolhos a escolas integrais e a babas "bem intencionadas", mas sabe-se lá que educação essas mulheres muitas vezes vividas outras com pouca experiência, podem passar aos nossos filhos, a quem compete a educação? Que educação? Quem vai lhes ensinar o que é o amor o bom afeto, o carinho, o sexo não o ato, mas o que precede, não temos tempo de questionar e de passar adiante nossos conhecimentos, quando chegamos em casa, estamos estressados, esgotados, o trânsito e as disputas no trabalho, já consumiram nossas energias que deveríamos dedicar aos nossos amados.

Nossa paciência se esgotou, temos queridos e queridas, disputando nossa atenção, muitas vezes, para manter a ordem e a disciplina, e também inconscientemente pois temos a tendência de repetir os atos de nossos pais de manifestar nossos descontentamentos do mundo maluco em nossos queridos, seja através de um sossega leão; uma boa chinelada, seja através de uma boa ralhada verbal.

É claro que nenhuma forma de violência pode ser um bom instrumento de educação, se em uma mulher não se bate nem com flor em flores só se bate com amor, com diálogo, com bons exemplos com boa educação que nem sempre estamos aptos a dar, chineladas não resolvem, mas me parece que violências verbais podem trazer conseqüências ainda mais nefastas para o futuro de nossos amados, cachorros manifestam seu limite diante de agressões sonoras, felinos se afastam, crianças além do rugido dos pais tem que agüentar o trauma psicológico que as palavras mal ditas, muitas vezes podem provocar, seja dos pais, da escola, de seus auxiliares notem: os ouvidos são a primeira forma de comunicação, a fala veio muito depois ainda temos dificuldades de nos comunicar, de expressar nossos sentimentos de verbalizar de forma ponderada o que pensamos, como fomos programados para não pensar e outros pensam e falam mais, quais podem ser as conseqüências dessas falas no futuro de nossos filhos.

Temos dois ouvidos, dois olhos, duas narinas e uma única boca que pode provocar efeitos nefastos de uma bomba, hoje estamos expostos a tantas chineladas visuais e verbais, no trânsito, dos mestres mal preparados, dos meios de comunicação, dos líderes, dos pais, dos maus livros e revistas mau escritos, que uma chinelada parece surtir pouco efeito, muito embora deva ser reprimida, são tantas chineladas, tapas e beliscões que nada mais parece ter valor, uma das coisas que mais me traumatizou na vida foi ter sido fotógrafo da secretaria do bem estar do menor atendendo o SOS criança, agora posso compreender esses pais extremamente ocupados em suas companhias, sem tempo para o que mais importante temos em nossas vidas, nossos filhos.

É evidente que chinelada alguma pode substituir o bom afeto, a atenção, o amor, o carinho, o tempo dedicado, o compromisso que assumimos quando fizemos nossas escolhas. Somos nós os maiores dirigentes, educadores, atores, heróis de nossos filhos, nada pode substituir o que temos de melhor para dar a eles, que somos nós mesmos com todos nossos defeitos.


Nossos parques, praças, museus, trilhas, teatros, avenidas,centro histórico, bibliotecas, planetários, institutos estão esperando por nós para ensinarmos e apreendermos sem chineladas o amor e podendo vá de taxi, taxista também é pai.


Fabio Taxi

terça-feira, 6 de julho de 2010

PARACHOQUE DO TAXI

O BOM CHURRASQUEIRO, É AQUELE QUE SABE MANTER A GRELHA BEM AQUECIDA,
E A HORA CERTA DE INTRODUZIR O ESPETO NA GRELHA .


FABIO TAXI

segunda-feira, 5 de abril de 2010

CHEQUERVARA

NA VIDA, A ÚNICA COISA QUE DEVE ENDURECER SEM PERDER A TERNURA JAMAIS; É O PINTO, PARA AS OUTRAS COISAS DA VIDA; RELATIVIZE, ADOCE, SUAVIZE, SEM JAMAIS PERDER O AMOR E A TERNURA.

FABIO TAXI 

domingo, 24 de janeiro de 2010

REVILLON PÉ NO VIDRO

Era 1975, morávamos em uma vila no bairro da Vila Olímpia, certa noite os militares apareceram na calada da madrugada e levaram o vizinho da direta para um papinho no pau de arara, na noite seguinte ficaram todos apreensivos, pois vários haviam caído e certamente outros haveriam de cair, a campainha escolhida desta madrugada foi a de casa éramos muito pequenos não ouvimos nada, na manhã seguinte ficamos sabendo que haviam levado papai para visitar o Wlado, no tal do DROPS, achávamos que se tratava de algo doce, o que eles procuravam era uma grana vinda de Moscou para a revolução, do “Alcool”, que o vizinho havia pedido para papai guardar, mal eles sabiam, parte do dinheiro havíamos bebido, é que papai guardou parte do dinheiro na caixa d’água para os milicos não acharem, o envelope não resistiu e acabamos bebendo o dinheiro, o resto eles levaram e dá-lhe pau de arara.
Não acredito em revoluções e sim no auto conhecimento, na evolução cultural, no conforto espiritual, no poder transformador do capital com regras mais humanas e transparentes, no fortalecimento das instituições, na imprensa livre, no cumprimento das leis, na cidadania, no coletivo e na democracia, deixemos os “ismos” de lado.
Para aliviar o clima Marcão outro vizinho resolveu  levar eu meu irmão  juntamente com seu filho para conhecermos o litoral norte estavam abrindo a estrada Rio Santos ele era jornalista do Estadão, havia lido uma matéria sobre a estrada e resolveu nos levar para conhecer o paraíso.
Pouca coisa existia da “Estrada do Lama” a maior parte do trajeto era feita pela praia, uma enorme aventura para quem tinha pouca idade como nós, visitamos algumas praias semidesertas, ocupadas por nativos pescadores, chovia muito, mesmo assim tivemos sorte em comprar um peixe para comer, a única sujeira que se encontrava no local eram víceras de peixes, limpos ali mesmo na praia com faca de ferro enferrujada amolada na madeira da canoa, montamos nossa barraca na areia, ascendemos uma fogueira para assar o peixe e fomos dormir sem comer nada, Marcão era mineiro e mineiro sabe como é não é muito chegado a peixe, uai, achou toda aquela falta de higiene havia ido longe demais.
Na manhã seguinte acordamos esfomeados, era domingo ainda não haviam inventado padaria por ali, ficamos roncando e frustrados pelo cação, seguimos enfrente de volta para São Paulo.
Três anos mais tarde papai cansado de tanta revolução e pouco resultado, resolveu visitar conosco aquele lugar que começava a  despontar nos cadernos imobiliários e que viria trinta anos depois se tornar o metro quadrado mais caro do litoral paulista, papai teve visão comprou um pequenino terreno de um pescador, com quem até hoje aprendemos muitas lições sobre a natureza, à situação do nativo brasileiro ruiu como quase tudo no país, e ainda tem gente com saudades da gestão militar, mas isso é um livro aparte.
Davino, meu amigo, filho do pescador de quem papai comprou o terreno é piloto de caminhão da limpeza pública, bom observador do céu, do mar, da terra e do bicho homem.
Este ano, tive a oportunidade de passar o reveillon na praia, pude reencontrar velhos amigos que nos ensinaram a caçar, matar um peixe, cortar palmito na mata, visitar a tribo indígena, tomar banho de cachoeira, apanhar jaca no , mergulhar com os peixes, bater  bola na praia , surfar a beça, muito luau com a mulherada, buscar camarão de canoa em alto mar das traineiras que pescavam, era escambo puro levávamos um cacho de banana  um litro de cachaça e trazíamos a canoa cheia de camarão, na volta passávamos na ilhota para retirar mariscos, um dia a canoa virou achei que íamos nos afogar, depois do pânico meu amigo nos mostrou que canoa mesmo fazendo água não afunda, é desvirar e sair remando com certa técnica, enfim muito contato com a natureza, muito respeito com quem assopra o vento com quem sabe ouvir o barulho do mar, oh o mar, quando quebra na praia é o canto da sereia, quem vem pra beira do mar nunca mais quer voltar.
È muito interessante como esses nativos ignorantes, que nunca foram à escola, não sabiam ler nem escrever, sempre souberam respeitar a natureza, as matas, os rios, os peixes, as árvores enfim todo o meio ambiente, caiçara não jogava lixo na praia, talvez por isso tenham chamado meu amigo para exercer essa nobre função.
Meia noite, ultimo dia do ano, é hora de levar minha filha para ver a queima de fogos na praia, a procissão vai começar, gente de todo lado vem descendo o morro pelas alamedas escuras lotando a praia para ver as luzes cortando o céu, nos clareando de esperanças para o inicio de um novo tempo. Terminado os fogos, minha filhotinha fica curiosa em saber porque tanta gente se dirige ao mar para pular ondinha, ascender velas na areia, agredir a natureza atirando lhe flores; papai quem vai limpar toda essa sujeira; o mocambo filha, com o caminhão da prefeitura. Na cabecinha dela é difícil entender pois todos os dias, após usarmos a praia, ela recolhe qualquer papel, palito de sorvete ou sujeirinha que está a nossa volta, deixamos a praia melhor do que a encontramos então como levar aquela infinidade de garrafas de champanhe, copos de vidro, latas, velas, flores, lixo e mais lixo no meio de tanta gente descalça e largar tudo para trás?
Esse ano, devido a crise ficamos todos com a impressão que a queima de fogos teve duração menor, que havia menos pessoas na praia, porém o estrago foi maior, na manhã seguinte as oito horas eu estava na praia para minha caminhada matutina, a praia estava linda, límpida e deserta, não parecia ter havido festa por ali, fiquei com a impressão de que nós seres humanos estamos melhorado não sujamos a praia tanto assim estamos mais respeitosos com a natureza, estamos mais alinhados com a questão do carbono, parabéns para  essa geração “Y”, mais consciente e moderna não nas tatuagens no braço e nos piercing na boca, e para prefeitura que mandou muito bem, mas infelizmente tudo não passou de miragem a não ser a parte da prefeitura.
Mais tarde reunido o comitê da limpeza revelou-se o seguinte:  ano passado foram retirados dos três quilômetros de praia  na noite de reveillon, quatro caminhões de lixo, este ano, foram retirados oito caminhões um deles com garrafas de champanhe e muitas delas quebradas uma quantidade muito grande de cacos de vidro, durante dias ainda era possível caminhar na praia e encontrar cacos de vidro escondidos na areia, o que falar, que adjetivos nos atribuir?
Todo esse lixo retirado do nosso litoral é levado por carretas que vão derramando chorume do lixo pelas estradas contaminando águas até chegar à cidade de Tremembé, no interior do estado, a natureza agradasse chorando, cada vez temos que levar o lixo para mais longe não tem mais lugar pra lixo neste planeta, ou encontramos outro logo, ou acabamos com o lixo, tem gente preocupada com a sacolinha de plástico ela agora é a vilão da vez e por falar em acabar com o lixo tenho uma ótima solução que é a desintegração de qualquer matéria através da fusão do gás de plasma, escrevi sobre isso anteriormente, tenho um passageiro que quer construir a primeira usina de lixo no Brasil, por que será que ninguém se interessa? Fiz essa pergunta para minha filha de sete tons; do, re, mi, fá, sol, , si, e ela respondeu:
- Papai, se fizerem a isso, quem vai desligar a máquina?

Fabio Taxi